quinta-feira, 12 de maio de 2016

Capitão América: Guerra Civil


Oii leitores, o post de hoje é sobre o filme Guerra Civil, eu particularmente já assistir ele, então pode ter um pouco de SPOILER. Vou deixar aqui em baixo informações sobre o filme, contar um pouco sobre ele e a sinopse. O filme ainda está disponível nos cinemas em 2D, 3D e IMAX 3D.

Filme: Capitão América: Guerra Civil
Direção: 
Anthony Russo, Joe Russo
Roteiro: Christopher Markus, Stephen McFeely
Produção: Kevin Feige
Música: Henry Jackman
Gênero: 
Ação, Drama
Companhia(s) produtora(s): Marvel Studios
Distribuidora: Walt Disney Studios Motion Pictures
Data de lançamento: 
Estados Unidos 6 de maio de 2016
Brasil 28 de abril de 2016
Portugal 28 de abril de 2016
Baseado em: Capitão América de Joe Simon, Jack Kirby
Cinematografia: Trent Opaloch

Sinopse:


Capitão América: Guerra Civil (no original, Captain America: Civil War) é um filme de super-herói produzido pela Marvel Studios e distribuído pela Walt Disney Studios Motion Pictures. É a sequência de Capitão América: O Primeiro Vingador e Capitão América: O Soldado Invernal, e a décima terceira sequência do Universo Cinematográfico Marvel (MCU). O filme é dirigido por Anthony e Joe Russo, com roteiro de Christopher Markus e Stephen McFeely, e apresenta um elenco que inclui Chris Evans, Robert Downey, Jr., Scarlett Johansson, Sebastian Stan, Anthony Mackie, Emily VanCamp, Don Cheadle, Jeremy Renner, Chadwick Boseman, Paul Bettany, Elizabeth Olsen, Paul Rudd, Frank Grillo, Daniel Brühl e William Hurt. Em Capitão América: Guerra Civil, o Capitão América lidera os Vingadores e continuam a proteger o mundo, mas a equipe sofre danos colaterais. Com o aumento da pressão política que resulta na instituição de um sistema de responsabilidade e conselho governamental para determinar quando solicitar os serviços da equipe. Isto faz com que a equipe se divida.

O desenvolvimento do longa começou no final de 2013, quando Markus e McFeely começou a escrever o roteiro que possui conceitos das histórias em quadrinhos que envolve Guerra Civil (2006) escrita por Mark Millar e desenhada por Steve McNiven. Os irmãos Russo foram contratados novamente no inicio de 2014, após reações positivas nas pré-estreias de O Soldado Invernal. O título do filme foi revelado em outubro de 2014 e Downey foi adicionado ao elenco, com membros adicionais aderindo o elenco meses seguintes. As filmagens principais iniciaram em abril de 2015, em Atlanta e foram concluídas em agosto de 2015, em Berlim.

Critica:

A maioria das criticas comentadas sobre Capitão América: Guerra Civil são, em sua grande maioria, bem positivos, foram destacadas cenas de ações incríveis, uma participação maior do que esperada do Homem-Aranha, além de elogios para os novos atores do Universo Marvel que interpretam o herói aracnídeo e o Pantera Negra. 

Alguns comentários que não evitam a comparação de Batman vs Surperman e notam a diferença entre as produções porque Capitão América: Guerra Civil faz os espectadores se preocuparem com os personagens e seus motivos para lutarem. A Marvel estava bem confiante no resultado que tem em mãos!

** Esse texto contém muito spoiler, Você foi avisado.

Vingadores: A Era de Ultron é um filme no qual toda a humanidade está ameaçada. Nossa raça pode entrar em extinção caso o vilão titular consiga realizar seu plano. Mas apesar disso tudo, não há um sentimento de urgência, não há peso no roteiro. Você se diverte, porque o Joss Whedon é um mestre em fazer qualquer pessoa se divertir (assistam Firefly), mas fica por aí. Esse é um problema comum nos filmes da Marvel, como os dois do Thor, o segundo e terceiro Homem de Ferro nos mostram bem, e é por isso que algumas pessoas se sentem cansadas da repetitividade do estúdio, de como seus longas são previsíveis e até semelhantes.

Claro que há excessões, e nem todo mundo precisa de peso ou urgência, há filmes dentro do estilo Marvel que são ótimos – Homem de Ferro, Vingadores, Guardiões da Galáxia – mas de vez em quando é legal fugir do padrão que já é esperado da produtora, fazer a audiência sentir que há algo em jogo. O Soldado Invernal fez isso muito bem, graças aos diretores Joe e Anthony Russo e aos roteiristas Christopher Markus e Stephen McFeely. Mas agora, esse quarteto se superou e Capitão América: Guerra Civil é o filme que justifica totalmente a existência do universo compartilhado no cinema. Ele faz uso excelente da continuidade que foi construída nos últimos anos e traz consequências grandes para os personagens envolvidos no conflito.


O Lado Bom da Continuidade

Vamos ser honestos: é legal ver os Vingadores juntos, mas a união deles normalmente acontece só pra vermos eles lutando em equipe ou trocando piadas uns com os outros. E isso não é algo necessariamente ruim, pelo contrário, mas, eventualmente, você começa a esperar “algo mais”. Afinal, ninguém gosta de um palhaço só com uma piada. Guerra Civil é esse “algo mais.” É um filme que só é possível porque nós conhecemos Tony Stark (Homem de Ferro), Steve Rogers (Capitão América), Natasha Romanoff (Viúva Negra), Clint Barton (Gavião Arqueiro) e Bucky Barnes (Soldado Infernal). Nós vimos como eles mudaram ao longo dos anos, conhecemos melhor eles, sabemos suas motivações e fraquezas, e vê-los brigando vai além de “heróis vs heróis.” Pela primeira vez, o universo compartilhado foi justificado em um nível profundo de narrativa e essa é, de longe, a melhor história da Marvel nos cinemas até agora.

Pra mim, a morte do Capitão América neste filme era algo quase certa. Eu estava pronto para ver Bucky tomando o escudo na última cena, mas o que Markus e McFeely fizeram no roteiro foi muito melhor. A confiança dos Vingadores em seus colegas, e a do mundo, em relação aos Vingadores, foi completamente destruída. Isso tem um peso maior do que mortes. No fim do filme, os únicos membros da equipe que não estão sendo caçados mundialmente como criminosos são Homem de Ferro e Visão. O resto, por culta de Tony, foi parar numa prisão no meio do oceano. Claro que eles escapam, mas não muda o fato de que eles se sentem traídos e abandonados pelas pessoas em quem confiavam.

Eu gosto muito de que a forma como o lado de Tony trata Wanda gera raiva no Capitão e em seus colegas. Ela tem 20 anos, é jovem, passou por torturas pesadas, perdeu o irmão e ainda está aprendendo a controlar seus poderes. Mas ela tem o coração no lugar certo, e por isso é tão devastador vê-la causando a mortes de inocentes, mesmo sem querer, durante a caçada ao Ossos Cruzados, que dá início ao filme. Depois disso, o lado pró-registro passa a tratar a Feiticeira Escarlate como uma arma de destruição em massa. É esse tipo de traição que faz com que essa história seja tão triste no ponto de vista dos heróis.


Mas apesar de serem claramente os idiotas da parada, os Vingadores que assinam o Tratado de Sokovia têm argumentos muito mais claros e convincentes do que nos quadrinhos, onde eles eram simplesmente arrogantes. Rhodes é militar, então não é surpresa ver sua atitude, o Visão tem sempre o fim da humanidade em mente e acha que aquilo pode controlar as ações dos humanos. Tony sofreu com a última gota d’água. Depois de levar uma bomba nuclear através de um buraco de minhoca, passar por estresse pós-traumático e ver uma criação sua quase causar o fim do mundo, o Homem de Ferro se vê sem opções. Ele acredita em supervisão, e genuinamente acredita que está fazendo o que é melhor pra humanidade, e nós entendemos ele.

A cena com a mãe de um jovem que morreu em Sokovia funciona de forma excelente, e vemos o terror nos olhos de Robert Downey Jr. e toda a culpa que carrega. Ele ainda está errado ao propor que a equipe assine o Tratado, contudo, porque é exatamente como Steve fala: aquele documento apenas transfere a culpa para que os Vingadores possam ficar sossegados, quando o correto é que o time tome responsabilidade pelas suas ações, sejam elas boas ou ruins. Tony, por sua vez, quer supervisão, para que alguém receba a culpa por seus atos.

Além desta briga entre responsabilidade e supervisão, há um tema mais central no filme: vingança. O Barão Zemo é um personagem complicado, já que suas verdadeiras motivações ficam escondidas até os minutos finais, mas eu fiquei muito feliz em ver que seu objetivo era simplesmente ferrar com os Vingadores, porque eles causaram a morte de pessoas que ele ama – e não conquistar o mundo ou fazer um exército de super-soldados. Ainda é um pouco forçado, mas ele não ligava para morrer ou ser preso, foi dominado completamente pelo desejo por vingança. O mesmo acontece com Tony depois que ele descobre algo que nós já sabíamos desde Soldado Invernal: Bucky foi o responsável por matar seus pais (lembra quando a HIDRA mostra os alvos do agente, e vemos Nick Fury e Howard Stark entre os mortos?). Esse desejo também toma conta de T’challa depois que seu pai é morto na ONU. Mas quando o Pantera Negra vê qual era o propósito central do vilão, entende onde tinha caído. Talvez a forma como Wakanda tem se comportado precise mudar, talvez ele precise mudar.

Eu esperava que o Homem-Aranha fosse o centro moral do conflito – vamos chegar nele já, já – mas isso acaba sendo papel do Pantera, e Chadwick Boseman faz um trabalho maravilhoso. Eu mal posso esperar para ver o que Ryan Coogler (Creed) vai fazer com o personagem em seu filme solo. Ele percebe o que Steve já sabia: que as pessoas estão cegas com o desejo de culpar alguém pelas desgraças do mundo. É por isso que o Capitão está na defensiva durante toda a guerra, tentando salvar seu amigo e garantir que ninguém seja punido sem um julgamento correto. Ele entra na briga não porque quer provar que está certo, mas porque ainda prefere ver justiça sendo feita antes de qualquer outra coisa. Esse é o mesmo personagem que falou pra Nick Fury que a punição só deve vir depois do crime, e que vem de um tempo onde a divisão entre bem e mal era bem mais clara.

Algumas pessoas vão dizer que Guerra Civil é uma história dos Vingadores antes de ser uma história Capitão, e apesar delas não estarem erradas, essa é uma história liderada pelo Capitão, um arco que foca mais nele do que nos outros. Se ele não tomasse a decisão de se plantar no chão como uma árvore mesmo quando todo o mundo diz para se mover, então o filme teria se transformado num combate sem fim e "sem sentido", indo contra todo o desenvolvimento do personagem até agora. Guerra Civil funciona perfeitamente como um capítulo final para a trilogia do Capitão América, concluindo até arcos que começaram lá trás em O Primeiro Vingador.



Cabeça-de-teia (Homem Aranha)

Os atores que testaram para o papel de Peter tiveram que improvisar com o Robert Downey Jr. para conseguir a posição, e aqui fica clara a razão pela qual Holland foi escolhido. Ele está no mesmo nível que R.D.J. não se sente amedrontado e participa com prazer da interação entre os dois. As sacadas são ótimas, o humor é de ponta a ponta. 
E então ele entra em ação como o próprio Homem-Aranha, e fica claro que é assim que o personagem deve ser nas telonas. Há grandes qualidades nas duas outras versões do herói, mas neste filme, é um triunfo incrível. Ele é bem-humorado, suas piadas são do mais alto nível, a curiosidade de um adolescente e Peter se mostra inteligente e capaz no campo de batalha. É um tiro certeiro e eu tenho total convicção de que os fãs (e os não-fãs) vão sair com ótimas lembranças deste cabeça-de-teia, Assim como J. Jonah Jameson vão querer ver mais dele.

** Aqui tem muito mais spoiler, Você foi avisado, e continua lendo.

Guerra Civil desfecho 

Guerra Civil tem alguns problemas. Personagens como o Máquina de Combate, Gavião Arqueiro e Homem-Formiga estão lá só para a ação ficar mais legal, e as motivações de Zemo são extremamente esperadas – mais uma pessoa que perdeu a família e culpa os heróis – mas este é de longe o filme que deixa maior consequências para o universo, que traz mais peso e importância para si mesmo, e por isso talvez seja o melhor da Marvel até agora. Ele é o real fechamento da Fase 2, e mais importante do que mortes ou reviravoltas, temos uma quebra de confiança e amizade. Sim, o mundo está caçando heróis agora, mas, mais do que isso, os Vingadores, como conhecemos, acabaram.

Ver Tony reagindo ao fato de estar errado, algo que ele faz ao não seguir as ordens do Coronel Ross, entendendo que nem sempre é possível atender as ordens, quando ele conversa com o Gavião Arqueiro na prisão submersa pelo oceano ele corta os sons para que possa ter um conversa "privada",  e consegue saber onde o Capitão e o Bucky estão, e Pantera segue o Tony desfaçadamente. Zemo mostra ao Tony (Homem de Ferro) que foi Bucky -quando estava sendo controlado- matou seus pais, Tony em uma fúria vai atrás de Bucky para mata-lo e o Capitão tenta detê-lo assim no meio das defesas do Capitão, dando oportunidade para Bucky fugir, o Tony acaba descobrindo que o Capitão sempre soube de tudo. Bucky ja sem forças para lutar, fica a guerra entre Capitão América e Homem de Ferro. E era isso que Zemo queria fazer eles lutarem contra si, ja que ele não podia derrota-los.
E a Marvel deixou com um gostinho de que não acabou, mesmo que seja de fato o último filme.



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